Bonnie & Klyde Adventures

Bem, ele não viu exatamente uma serpente. Era mais uma dedução. O que ele via era algo como um corpo de uma cobra enorme com pequenas marcas vermelhas, formando desenhos em seu corpo. Mas não havia um começo ou um fim. Suando frio, sentado no chão a poucos metros dali, Klyde procurava receoso onde estava a cabeça da criatura. Sua possível cauda ou possível cabeça se estendiam mais afundo no Jardim, entrando em uma depressão perto das paredes do prédio. Do outro lado sua cauda (ou cabeça...) atravessava o muro que separava a Academia do Bosque Carmim.
Klyde nunca havia sentido tanto medo em sua vida. Aquilo não era possível!. Não havia animais daquele tamanho (nem comprimento).
-KLYDE!!!

Um grito e Klyde sentiu o sangue correr novamente em seu corpo.
-Bonnie! - exclamou o menino se levantando, derrepente conseguindo as forças que a alguns segundos atrás fugiram dele.
- KLY...!!
O grito foi abafado. Klyde correu na direção do último chamado. Ele só pensava em sua amiga. A muito tempo não usava aquela palavra... amigo... havia sofrido demais... Cambaleou. O passado não importava mais. Correu com mais intensidade. "Bonnie..."
Bonnie estava deitada no chão. Ele correu para o seu lado e pôs os braços ao redor de seu  corpo. Ele tinha que proteje-la, não importava o quê.
-Bonnie! Responde! Você está bem, está machucada?
- Ela está bem.
Klyde levantou os olhos para olhar nos olhos a pessoa que estava parada ali.
-O que está você fez com ela?? - disse com a voz transparecendo a raiva pela figura desconhecida.
-Nada, philoherba. Estávamos apenas "conversando".
Os olhos do garoto se estreitaram. O que ela sabia sobre ele?
-Por quê está tão próximo desta menina? Sabe que vai acabar machucando-a, não sabe?
Klyde olhou para seus braços e para a menina neles.
-Não vai acontecer. Ela não é minha amiga.
-Não é o que parece. Sua cabeça estava muito confusa quando a toquei, mas pude ver claramente um nome...
-O QUE VOCÊ FEZ COM ELA?!
-Estava ajudando-a. É melhor que ela não se envolva nisto aqui - disse a menina olhando ao redor, para o jardim. Nem você. Você não é o primeiro philoherba que invade este local. Ah, mas no outro eu dei um jeito. Não vai ser diferente desta vez.
-Do que voc~e está falando? Eu e a Bonnie nem sabemos porquê podemos entrar aqui.
-Nem vou dar a chance de tentarem saber.
Um tornado se formou e as folhas secas voaram entre os dois. A quantidade aumentou e a visibilidade se tornou ínfima. Klyde apertou a menina contra si, segurando-a. Não permitiria que algo acontecesse a ela novamente. pequenos pontos vermelhos passavam sobre si e ele viu as petalas novamente. "Ela vai ficar bem", disse uma voz em sua cabeça, "Vocês não podem voltar aqui denovo por um tempo."
-Quem está falando?? - perguntou, e imediatamente a imagem do duende veio a sua mente.
"Nós precisamos de vossa ajuda. Achem o Livro Das Pétalas."
Klyde não teve tempo de responder. Estava no meio do hall de entrada com algumas pétalas vermelhas e folhas secas ao redor. Bonnie permanecia imóvel.