Bem, ele não viu exatamente uma serpente. Era mais uma dedução. O que ele via era algo como um corpo de uma cobra enorme com pequenas marcas vermelhas, formando desenhos em seu corpo. Mas não havia um começo ou um fim. Suando frio, sentado no chão a poucos metros dali, Klyde procurava receoso onde estava a cabeça da criatura. Sua possível cauda ou possível cabeça se estendiam mais afundo no Jardim, entrando em uma depressão perto das paredes do prédio. Do outro lado sua cauda (ou cabeça...) atravessava o muro que separava a Academia do Bosque Carmim.
Klyde nunca havia sentido tanto medo em sua vida. Aquilo não era possível!. Não havia animais daquele tamanho (nem comprimento).
-KLYDE!!!
"Bonnie e Klyde olhavam para o portão que rangia ao se abrir. Do outro lado estava um jardim esquecido pelo tempo: colunas e bancos antigos, rachados e, alguns, cobertos de ramos. [...] O jardim era realmente mágico pela contradição que existia nela: havia rosas de um vermelho profundo envolta das várias paredes e colunas, ao mesmo tempo em que as demais plantas do lugar estavam secas e mortas."
Jardim Sul |
-Tá vindo, Bonnie!
-Quem?
-Conceição, claro!
-Por onde ela está vindo?
- d'où il vient? - virou-se para a planta ao lado - Pelo corredor à esquerda, Bonnie.
- Então, pelo corredor oposto!!
Os dois partiram rápido, mas logo se depararam com com inevitável visão de colunas caídas em frente ao portão que liberava o acesso para as demais áreas da Academia.
-E agora? - Klyde virou-se para Bonnie em busca de alguma orientação, esperando que ela pudesse resolver mais esse problema.