Doroth vinha resmungando pelos corredores da área Norte com uma muda em uma mão e uma xícara de café na outra. Sua sala ficava no prédio Noroeste, enquanto a estufa ficava na área Leste, e isso a levara a uma grande discussão com Conceição, pois queria mudar de sala, enquanto a outra não permitia. Infelizmente Mathias Kelin não se encontrava na escola naquele momento e ela teria que obedecer as ordens da mais nova vice-diretora. É verdade que era uma longa caminhada até os dois lugares, mas não era só isso que a professora de cabelos encaracolados de 30 anos tinha a tratar com o reitor de Saint Louis.
Desde o momento que chegara, na noite anterior, sentia algo estranho vindo do Bosque Carmim. Ainda se lembrava da época em que estudara ali - e não era um das recordações mais agradáveis.Empurrou a porta para entrar na sua sala. Doroth caminhou suavemente até sua mesa em frente a uma enorme janela. Não se incomodou de ligar a luz da sala, apenas o abajur antigo a sua frente: a luz do luar se encarregava de iluminava o resto. Pôs a muda de arnica ao lado da janela e a observou. Tão pequena. Tão forte. Pegou um livro de dentro da gaveta e começou a anotar observações ao lado de um desenho da mesma planta.
***
Bonnie tirava uma banana de dinamite da mochila e tentava encaixá-la perto do cadeado do portão.
-Você não pode estar falando sério... – Klyde olhou incrédulo para a menina.
-Eu guardei uma delas entre minhas outras coisas para emergências. Nunca se sabe.
-Estou me referindo a explodir o portão! COM DINAMITES!
-Deixa de frescura e me passa os fósforos. Eu acendo e depois jogamos, poucos segundos antes de explodir, no portão.
-Olha, deve ter alguma outra forma de abrirmos o portão! Eu não traduzi todos os caracteres ainda. No cadeado tem alguma coisa escrita e seria muito melhor se me ajudasse a decifrá-lo.
-Ok. Mas isso é apenas porquê não quero desperdiçar minha última dinamite.
1 comentários:
Dinamites! \o/
Postar um comentário