Bonnie & Klyde Adventures

Bonnie e Klyde foram devagar pelo estreito caminho até a estranha portinhola no teto ao lado do dormitório de Klyde.
-Uma porta? - estranhou o menino - É raro encontrar em tetos - principalmente de castelos.
-Minha tia disse que era bastante usada em tempos idos, para fugas desesperadas como a nossas.
Os dois riram e entraram pela pequena porta dando em uma sala empoeirada com um enorme armário de madeira em uma das paredes.
-Aqui! - apontou Bonnie para o móvel - dentro deste armário.
Ao abrir, Klyde deslumbrou-se com os variados tipos de relógio, alguns bem antigos, em especial uma ampulheta, que continha uma areia dourada e uma inscrição.
Klyde se aproximou para ler:
- "Ao deus Cronos"... O que significa?
- Doroth também sempre se perguntou...
- A sua tia por acaso já estudou aqui? Ela parece saber sobre várias coisas sobre esse lugar.
- Na verdade, sim. Faz muito tempo desde que ela se formou. Eu sabia que ía gostar! Tive a mesma reação.
- Okay! Agora vamos embora logo, antes que dêem por nossa falta.
Eles abriram a porta do lado oposto da sala e desceram as enormes escadas em espiral. as janelas de vidro possuíam varias figuras, como pássaros e grifos, cavalos e unicórnios, por exemplo, iluminadas pela luz do luar.
Os dois desciam os últimos lances de escada quando um vento forte, vindo de cima, os atingiu, fazendo-os balançar.
- O que foi isso?! - perguntou Bonnie com os cabelos no rosto, bagunçados.
- Não sei, mas é melhor irmos rápido até o jardim Sul.
Dalí, correram até a entrada do jardim, onde os mesmos caracteres estavam estampados ao redor do portão, dessa vez entoavam uma luz púrpura fraca, só percebida quando olhada bem de perto.
- Isso tá ficando muito estranho! - Bonnie olhava surpresa, enquanto Klyde tirava os livros da mochila.
- Isso... Esses caracteres... Se não me engano é fenício... Não... Uma mistura... Com símbolos nórdicos?! Não faz sentido se vermos que eles surgiram em épocas e lugares totalmente diferentes!
- O que tem escrito?
Klyde olhava os símbolos e para o livro várias vezes, até finalmente dizer algo:
- Está escrito: "Jardim do Falso Tempo", ou algo parecido... Mas não faço idéia do que significa.
- Temos que tentar entrar de novo!
Só de ouvir isso, Klyde se arrepiou. A aventura era empolgante até, mas seu senso de sobrevivência dizia que devia se afastar do local.
- Não é melhor voltarmos amanhã?
- Nana-nina-não. Vamos arrombar esse portão!